quinta-feira, 4 de junho de 2009

Trocando os pés pelo traseiro

Dia desses, eu estava num ponto de ônibus, esperando por alguém. Era um desses pontos de parada completos, instalados por alguma administração pública, não me lembro quando, com banco e tudo mais. E estava intacto. Isso porque grande parte desses pontos já foram depredados por vândalos, essa praga dos dias de hoje. São talvez uma parte mínima da população, se divertem em fazer o mal e causam estragos para toda a gente. Depois, critica-se as administrações públicas pelos grandes problemas urbanos, causados por esses animais não-civilizados.

Ao meu lado, havia um garotão, aparentando uns vinte anos, bem vesitdo, de roupa esportiva, não tendo nada que lembrasse um animal. So que, em vez ´de sentar como as pessoas sensatas fazem, estava com o traseiro no encosto e os pés no lugar onde se costuma colocar a parte mais caluda do corpo. Tive ímpeto de perguntar-lhe porque fazia isso, e como ele se sentava em sua casa, à mesa das refeições. Me contive, para evitar uma resposta atravessada e para não parecer um velho rabujento. Esse jeito de sentar-se é uma das manias entre jovens e adolescentes de ambos os sexos, e até com alguns adultos. Será que essa gente não sabe qual é o lugar dos pés e qual é o lugar do traseiro. Talvez a alegação é que os outros fazem isso e eles têm medo de sujar sua calça. Mas de onde partiu essa mania? É a velha história da galinha e dos ovos: quem nasceu primeiro?

O piso do ponto é mais elevado do que o da calçada normal, outra boa iniciativa da administração municipal, para que as pessoas notadamente idosos e doentes, não tenham que fazer muito esforço para embarcar. mas não há um só motorista que encoste seu veículo nesse piso. As pessoas têm que descer até o nível da rua e depois levantar as pernas para levantar. Aí parece uma condição corporativa. Por que será que acontecem essas coisas?

Cidadania é a palavra da moda. É explicada nas escolas, em campanhas educativas e aborda uma série de coisas particulares que prejudicam a todos. Jogar lixo no chão, jogar ponta de cigarro em qualquer lugar, sujar rios e córregos, pixar muros e paredes, enfim, uma série de coisas que todo mundo já sabe que não deve fazer. Mas essa dos pontos de ônibus parece que ainda não foi abordada por ninguém.

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