quinta-feira, 4 de junho de 2009

Muito faz quem não aborrece

No último sábado, dia 23, passei quase o dia inteiro na Casa dos Cordéis, ponto de Cultura situado no Anel Viário, Gopoúva. À tarde houve um sarau, e durante todo dia apareceram pessoas interessadas em conhecer o espaço. É muito agradável permanecer algumas horas naquele aprazível casarão dos Nader. Lá pelas tantas, porém, pouco antes do meio-dia, estacionou num dos canteiros um desses carros de propaganda e lá permaneceu algumas horas, fazendo um estardalhaço dos diabos. Cantarolava um desses jingles chatos que não primam nem pela qualidade poética nem pelo valor musical. Depois aparecia a fala de um cara se apresentando como candidato a vereador e prometendo lutar pela população do bairro. Esportes, saneamento básico, melhor transporte, escolas, saúde, educação e outros lugares comuns eram repetidos pelo candidato, sem o menor esforço de imaginação.

Depois, a mesma voz, usando agora a terceira pessoa, repetia o nome do candidato e citava, seguidamente, uma dezena de milhar. Depois começava tudo de novo, depois outra vez, depois novamente, sem se incomodar com o ouvido de quem, por acaso, passasse por ali. Trabalhadores do Saae que executavam um serviço no local começaram a fazer piadas sobre o tal candidato.

Já tenho meu candidato a prefeito. Ainda não sei em quem votarei para vereador. E não é por falta de opção, como dizem os pessimistas. Ao contrário, conheço pelo menos uma dezena de pessoas sérias e decentes nos mais diversos partidos políticos, nos quais eu sei que meu voto não seria perdido, embora não espere deles nenhum milagre.

Uma coisa é certa: nesse tal candidato (está me dando comichão de falar seu nome) jamais votaria, em hipótese alguma. E tenho a impressão que todas as pessoas que permaneceram no local por algum tempo terão a mesma decisão. O tal candidato parece-me que fez papel de bobo, gastando tempo e dinheiro para deixar o povo bronqueado com ele.

Um amigo meu disse que não vota em candidato que faz barulho pela rua. Talvez ele exagere, pois de alguma forma os candidatos precisam divulgar sua disposição. Um pouquinho de inteligência, porém, não faz mal a ninguém.

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